quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Semana de 26 a 30 de Janeiro

No dia 27 de Janeiro tínhamos programado uma saída ao Barreiro, para obtermos material fotográfico, para o trabalho escrito e documentário. Na primeira hora de aula estivemos a organizar a nossa saída, para que quando lá chegassemos pudessemos saber exactamente o nosso percurso. Saímos da aula na segunda hora para podermos apanhar os transportes até ao nosso destino.
Ao chegarmos ao Barreiro, dirigimo-nos para a zona velha mais conhecida por “Barreiro velho”. Escolhemos esta zona por ser uma das mais afectadas economicamente e das mais degradadas.
Conseguimos durante toda a manhã tirar as fotografias necessárias para o nosso projecto, concluindo assim, com êxito, o pretendido.
No dia 28 de Janeiro, o grupo dividiu-se em 3 subgrupos: um elaborou os diálogos que faltavam para o nosso teatro, que será colocado no documentário; outro continuou o trabalho escrito e o terceiro fez pesquisas na internet de documentos importantes sobre o tema do nosso projecto.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

"Pobreza oculta" afecta pessoas com qualificações

Existem centenas de crianças altamente carenciadas no concelho

“Pobreza Oculta” foi o assunto que a Frater propôs debater, no dia 29, para o qual a associação convidou uma série de representantes de diversas entidades. Falar sobre um tema que muitos melindra e envergonha, na busca de uma solução partilhada e solidária foi o objectivo deste encontro, que levantou um pouco do véu sobre a situação em que vivem centenas de barreirenses.

Como o próprio nome indica, pobreza oculta, é uma pequena parte de um problema maior que a muitos envergonha, e do qual muitos outros se tentam esquecer, mas que nem por isso consegue erradicar a situação de pobreza e exclusão social em que vivem milhares de portugueses. Os dados ao nível local foram enfatizados pela vereadora dos Assuntos Sociais, Regina Janeiro que colocou o enfoque sobretudo nas crianças. Segundo informou “os dados do concelho são preocupantes no que concerne às crianças carenciadas que frequentam o 1º ciclo do Ensino Básico. Num total de 1342, 976, ou seja 30 por cento, são crianças carenciadas de nível A, o que significa que o rendimento máximo per capita nas suas casas é de 172, 60 euros. De nível B, o Barreiro tem actualmente 100 crianças, o que significa que o rendimento dos seus encarregados de educação ronda os 214 euros/mês”. Feitas as contas e de acordo com a vereadora, “33 por cento das crianças que frequentam a escola pública do concelho são altamente carenciadas”.

A elevada taxa de desemprego do concelho que se situa nos oito por cento, revela por sua vez, que as 4773 pessoas que se encontram nesta situação têm menos de 55 anos. Não obstante, cerca de 80 por cento dos desempregados do Barreiro estão no auge da sua capacidade activa, segundo lamentou a autarca.

No que concerne ao apoio prestado a famílias carenciadas, o mesmo tem de dar resposta a 1600 pessoas, segundo os números descritos por Regina Janeiro.

Os bairros críticos do concelho como a Quinta da Mina, o Alves Redol, a Quinta da Amoreira e o Bairro das Palmeiras, entre outros, não foram esquecidos, nos quais se vivem autênticos dramas familiares com pessoas a habitarem em casas degradadas e em barracas sem o mínimo de condições de habitabilidade.

A excepção à regra no que toca há origem dos problemas de pobreza parece aplicar-se no concelho, segundo explicou Regina Janeiro, uma vez que no Barreiro a pobreza não está associada à falta de qualificações, pelo contrário. “A nossa taxa de analfabetismo é muito superior à nacional. 94,4 por cento contra a média nacional, 86 por centro. Ou seja, temos uma diferença de oito por cento em termos de taxa de alfabetização pela positiva”.

Na sua opinião, “a pobreza e a exclusão social são uma crise na realidade nacional. Há mais de 201 por cento de crianças expostas ao risco de pobreza no nosso país. Existe um elevado risco de pobreza entre os trabalhadores e não podemos esquecer que a taxa de pobreza em Portugal é superior à média Europeia. Por isso são necessárias políticas sociais efectivas e activas com medidas concretas, como uma melhoria do modelo de desenvolvimento que reduza a exclusão. É necessário reduzir efectivamente a pobreza, e isto depende da capacidade de gerar um sustentado processo de desenvolvimento económico com a criação de emprego em quantidade e em qualidade. É necessário que se elevem os níveis salariais mínimos dos trabalhadores, dos reformados e dos pensionistas. São estes os factores decisivos no combate à pobreza”, assegurou.

Fátima Lopes, directora do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal destacou algumas das medidas do Governo implementadas ao longo dos anos, como o abono de família, que em 2007 chegou a 28 mil crianças, e algumas mais recentes, como a criação do completo social para idosos, e o apoio pré natal que pretende reforçar o apoio público às famílias, assim como um aumento efectivo da taxa de natalidade, na opinião do Governo. A estas medidas acrescem ainda outras prioridades sobretudo no aumento da cobertura de creches em todo o país, estando no momento a decorre a terceira fase da candidatura ao programas PARES, para a construção destes equipamentos para a infância.

Segundo explicou, “o Governo desenvolveu políticas de protecção social e de combate à pobreza e à exclusão que têm por base uma visão estratégica de solidariedade e de diferenciação positiva das medidas e prestações face às diversas situações de risco de pobreza, numa aposta eficaz e sustentada das respostas sociais através de uma rede de equipamentos e de serviços que permite cobrir de forma efectiva e equilibrada o território nacional”.


in Jornal do Barreiro

domingo, 25 de janeiro de 2009

Semana de 19 a 23 de Janeiro

Ao longo desta semana desenvolvemos aspectos fundamentais para a realizaçao do nosso projecto final: O documentário.
Estivemos a fazer a reunião dos tópicos fundamentais a tratar no documentario; tratámos do trabalho escrito, tendo ja ficado pronta a introdução e fizemos pesquisas sobre o tema.

Poverty Pictures, Images and Photos

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Miséria



Infelicidade é não ter ninguém que nos abrace, é estarmos sozinhos.
Este cartoon revela isso...

Semana de 12 a 18 de Janeiro

O trabalho desta semana resumiu-se ao seguinte:
Na terça feira, dia 13 de Janeiro, os elementos do grupo reuniram-se na aula para discutir aonde será apresentado o documentário(projecto final). Foi também nesta aula que continuámos a pesquisa de informação para o trabalho e foi tempo de acabar o guião para o teatro que irá constar no documentário.
Na quarta feira, dia 14 de Janeiro, dividimo-nos em grupos de dois e fizemos as seguintes tarefas: pesquisa de vídeos e documentos para o documentário e para o trabalho escrito; realização das cartas a enviar para as entidades responsáveis dos locais aonde iremos apresentar o trabalho; elaboração da introdução do trabalho escrito.
Durante o resto da semana os elementos do grupo continuaram com a realização das tarefas, iniciadas na última aula, a fim de as acabar!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Notícia

"BAIRRO DAS PALMEIRAS

Verificamos que o esforço de pessoas e instituições do Barreiro, que se dedicam à causa dos pobres e dos excluídos é, infelizmente, insuficiente, face à dimensão que o problema assume. Isto revela, de modo flagrante, o défice de empenhamento que existe, em confronto com aquilo que urge realizar perante tanto sofrimento gerado pela pobreza.

Não querendo ser Madre Teresa de Calcutá, não posso deixar de tecer algumas considerações sobre o Bairro das Palmeiras, a fim de sensibilizar os Barreirenses a fazerem uma reflexão crítica, acerca do grave problema de pobreza e de exclusão que grassa, com maior incidência, naquela parte da cidade do Barreiro.
Poucos de nós temos dedicado o melhor das nossas vidas em favor dos mais desfavorecidos, sobretudo daqueles que se debatem com situações massivas de pobreza e de fome.
Verificamos que o esforço de pessoas e instituições do Barreiro, que se dedicam à causa dos pobres e dos excluídos é, infelizmente, insuficiente, face à dimensão que o problema assume. Isto revela, de modo flagrante, o défice de empenhamento que existe, em confronto com aquilo que urge realizar perante tanto sofrimento gerado pela pobreza.
Acredito que a pobreza e a exclusão não existem por acaso, nem se resolvem apenas com sobras ou gestos de caridade a metro ou ao quilo. Muito tem de ser feito numa base interpessoal e directa, junto do pobre e do excluído.

Entendo a pobreza como um problema que reclama apoio pessoal para acorrer às carências, mas cujas causas só podem ser removidas, modificando os factores económicos, sociais e culturais que geram a miséria e perpetuam a pobreza. São, aliás, estes mesmos factores que se opõem às indispensáveis mudanças.
Esta pobreza continua a ser vista como um problema periférico, pretensamente resolúvel por políticas e medidas periféricas e residuais.
Embora existam programas mais ou menos elaborados de luta contra a pobreza, persistem no Bairro das Palmeiras e noutras zonas da cidade, situações de cortar o coração e isso é inadmissível, no século XXI.
Perante esta realidade, chegamos à conclusão de que a maior parte de quanto se tem feito, evidencia ineficiência na aplicação dos recursos e permite deduzir que passam ao lado as reais causas da pobreza no Barreiro.
Há que reverter este estado das coisas, alterando os modelos económico, cultural e de poder da sociedade.

O País atravessa uma crise mas devemos rejeitar o dogmatismo, o pensamento único. Teremos de reconhecer que as condicionantes existentes não determinam soluções únicas. Existem espaços de liberdade onde a intervenção humana, individual e colectiva é possível e necessária, porque há pessoas no Barreiro que estão a passar muito mal e têm vergonha de pedir ajuda. É a chamada “pobreza envergonhada”, que ninguém quer ver e todos ignoram.
Faço aqui um apelo a todos aqueles não pobres, que superem preconceitos acerca da pobreza e suas causas e estimulem comportamentos mais solidários.
A pobreza será sempre uma grave negação dos direitos fundamentais e das condições necessárias ao exercício da cidadania.
A pobreza está a alastrar no Barreiro.
Para resolver o problema, não bastarão apenas intenções, nem medidas avulsas de meia dúzia de “carolas”. É preciso que haja também um compromisso institucional, com vista a uma integração social plena.

É preciso identificar situações. É preciso ajudar!"

De Florbela Viegas
in rostos.pt

domingo, 11 de janeiro de 2009

Semana de 15 a 11 de Janeiro

Depois de termos concluído o projecto final do 1ºPerído, na Terça – feira, a primeira aula do 2ºPeriodo, começamos por idealizar todas as tarefas e a organizar as ideias que iremos realizar durante este período sendo estas, a elaboração do trabalho escrito, a construção do guião para o teatro que iremos pôr no documentário, fazer filmagens e tirar fotografias para o mesmo. Por fim, visto que a festa no Centro de Acolhimento foi um sucesso, pensamos em fazer de voluntariado no mesmo.
Na aula de Quarta-feira, pedimos ao professor para nos dispensar algumas das próximas aulas (27 e 28 de Janeiro), assim iremos fazer o trabalho de campo (entrevistas e fotografias).
Durante esta aula, grupo dividiu-se para recolher de informação e trabalhar com o Windows Movie Maker, visualização de pequenos documentários sobre a pobreza e início elaboração do guião.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Quinta feira, 8 de Janeiro de 2009

"O outro lado"





Este lado mais "negro" da vida infelizmente continua presente no nosso dia-a-dia.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Música e graffitis contra a pobreza

Utilizar a força do hip hop e do graffiti "como ferramenta para combater a exclusão social, o racismo, a desigualdade e a violência" é como Catarina Furtado entende a transmissão, hoje, às 15h45, pela RTP 1, da gala ‘Hip Hop Pobreza Stop’, uma iniciativa da Fundação Filos apoiada pela RTP, Antena 3 e Correio da Manhã.




Catarina Furtado e Sónia Araújo são as apresentadoras do espectáculo, realizado em Outubro no pavilhão Multiusos de Gondomar com a missão de dar voz à arte popular e lutar contra a pobreza e exclusão social, e que recebeu a presença de 1500 jovens.

No âmbito desta proposta, vários artistas de hip hop expuseram o seu trabalho, tal como diversos graffiters. Nuno Palhas foi o vencedor no graffiti, e verá o seu trabalho editado num livro. Por sua vez, os Caixa Torácica marcaram o primeiro lugar no rap e vão gravar um videoclip que será exibido pela RTP. Ambos os vencedores receberam 300 euros.

No final do espectáculo, o padre Maia, presidente da fundação Filos, referiu ao CM a sua intenção de recuperar esta iniciativa já a 26 de Maio do corrente ano.

"Anda muita gente a falar e a dizer o mesmo. Portanto, é necessário ouvir quem fala e pensa de modo diferente. Queremos ouvir os jovens, porque não os escutar é não percebermos o futuro", frisou. Este responsável alertou ainda para o papel da Comunicação Social na missão de alertar para os problemas da exclusão e da pobreza.






in correio da manhã